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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A flor caçula dos jardins dos lima


Não é à toa que é um mimo. Quem não quer fazer um dengo para a caçulinha? Mas, a cada ano me assusta. Está crescendo. O amor é tão grande, por alguém tão especial. Minha doce sobrinha se prepara para a vida. Quando os primeiros raios da manhã despontaram no horizonte, tenho a certeza, foram para comemorar este dia tão especial. Que a luz a acompanhe, sempre!!!Beijos. Tia Cris.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Quem te conheceu, Carolina, Carola, que siga o teu exemplo.


Todos os dias, o fazer era sempre igual. Mal o sol aparecia, por entre as frestas da janela, e Carolina já estava de pé. Foi sempre assim, faço questão de frisar. De camisola e chinelos de lã, olhava ao seu redor, enquanto o marido ainda dormia. A primeira das tarefas do dia era observar as camas onde os cinco filhos (dois meninos e três meninas) dormiam abraçados por causa do frio intenso.
Os cabelos penteados, os dentes escovados e o rosto lavado. Agora, só restava dar início a uma nova jornada. O leite dentro da caneca sobre a boca do fogão, o bule de café bem quentinho e as fatias de pão dentro da cesta, esperando o momento de receber a deliciosa manteiga.
O cheiro delicioso do café foi o suficiente, para que os filhos, um a um e também o marido adentrassem a cozinha e passassem, sem convite, a sentar-se à mesa. Os bocejos, os cabelos despenteados e as caras de sono se misturaram ao bom dia de Carolina e às suas indagações.
- Todos escovaram os dentes? Lavaram o rosto? Pentearam os cabelos?
- Sim, querida!!!!!
- Sim, mamãe!!!!!!
- Não está me parecendo.......
A cena bucólica caberia muito bem em um comercial de televisão. Dias como esse se repetiram na vida de Carolina, marcados, frequentemente, por fogo e água, que ela administrou com muita maestria.
O roteiro do filme da vida de Carolina teve uma personagem que exigiu dela grandes esforços: o marido. Sim, o marido de Carolina (primeiro e único namorado) deu a ela muitas preocupações como presente de núpcias. O tal não era muito chegado ao trabalho, o que exigiu de Carolina, não só o papel de sustentar os filhos, como também, o próprio, que é claro, tinha dois pequenos vícios: cigarro e bebida alcoólica.
Se pelas diversas atribuições, o dia para ela começava cedo, era natural que terminasse tarde. Precisava dar conta de todas as tarefas da casa e também das costuras (motivo para o ganha-pão).
Queixar-se, para quê? Amava os filhos e também o marido. Ah! Esse, para ela, era um santo, um bom homem, só não tinha sorte para arrumar trabalho. Por outro lado fazia companhia a ela, sentado ao seu lado, fumando um cigarro atrás do outro e proseando enquanto Carolina trabalhava.
Não é preciso dizer que Carolina foi acometida de grave doença pulmonar (fumante passiva). Queixar-se para quê? Amava o marido. Carolina tinha confiança nas próprias forças que a tornava capaz de executar coisas materiais, pois não duvidava nunca de si. O mesmo não se pode dizer de pessoas que pensam o contrário, ou seja, que duvidam de si próprias.
Carolina viveu por mais de 90 anos, criou todos os filhos com desvelo. Viu o marido morrer de enfizema pulmonar, após muitos dias de agonia, internado em hospital. Os filhos, esses lhes deram muitas alegrias. Transformaram-se em executivo, economista, professora, assistente social e advogada. Viu netos e bisnetos nascerem. Tudo isso porque foi capaz de mover todas as montanhas que apareceram à sua frente. Lançou para longe as dificuldades, as resistências, a má vontade, as palavras rudes que teve que ouvir, livrou-se dos preconceitos, do interesse material, do egoísmo, da cegueira, do fanatismo e das paixões orgulhosas.
Dedicou-se dia e noite a uma vida plena de realizações, pois, para ela, ainda existiam as possibilidades de divertir-se. Adorava dançar nas festas realizadas pela família. Sorria sempre para todos que a procuravam. Conselhos, esses não tinha quem não os quisesse dela ouvir. Sentar-se ao seu lado era sinal de boas e longas conversas. Fazia doces, como ninguém. O de banana era o mais disputado pelos irmãos, sobrinhos, filhos e netos.
A fé de Carolina estava na confiança que tinha em tudo o que fazia, ou seja, no cumprimento do seu papel como esposa e mãe dedicada. Ela tinha plena lucidez que a fazia ver, no pensamento, o fim para o qual tendia e os meios de atingi-lo. Caminhou pela vida com a certeza do por que veio ao mundo.
Carolina desencarnou em uma manhã, bem cedinho, como que, para anunciar do outro lado da vida, que sua nova jornada começaria da mesma maneira como na terra: assim que o sol despontasse no horizonte. Mulher calma na luta, demonstrando sempre sinal de força.
Quantas carolinas estão espalhadas pelo mundo, servindo de exemplo para muita gente. O poder da fé está - como descrito no Evangelho - em acreditar que podemos vencer sem presunção, longe do orgulho, mas ao contrário, aliado à humildade, na capacidade de se confiar em deus, mais do que em si mesmo. Se essa capacidade for mobilizada, os bons espíritos se incumbirão de nos ajudar.
Fé é energia latente. O poder da fé recebe uma aplicação direta e especial na ação magnética. Por ela, o homem age sobre o fluido agente universal, lhe modifica as qualidades e lhe dá uma impulsão, por assim dizer irresistível. Se, através da fé, Jesus curava os doentes e se ele disse que podemos fazer o que ele fazia e muito mais, quem poderá nos dizer o contrário? Acordemos cedo, todos os dias, como Carolina fazia e busquemos essa energia dentro de nós, aliada à energia do universo e transportemos todas as montanhas que estiverem impedindo a nossa caminhada, porque a nós, deus confiou a evolução espiritual.

sábado, 31 de julho de 2010

No olho do tigre há um dragão de fogo.

Caminho pela cidade sem reconhecer as pessoas. Vejo a angústia em seus olhares e o quanto as coisas nada lhes significam. O trânsito louco atropela os seres e não lhes dá a chance para observar que são engolidos. À mercê das ilusões vou seguindo junto com a multidão, fazendo de conta que tudo está bem. Se tento entender a vida e seus inúmeros jogos sofro e caio em depressão. Mais uma vez, busco na ilusão a continuidade e o sentido do viver.

Logro saber que entre as alamedas, guiando o meu carro um e outro esboça um sorriso. Quem são esses seres que buscam sorrir para mim? Esses eu não sei. Suas máscaras desmascaram as atrocidades pelas quais passam. As simulações precisam estar presentes, para impulsionar e assim não enveredar para outros caminhos.

Será sempre assim, nesta e em outra dimensão. O estado de depressão não é privilégio apenas deste mundo. Acompanhará meu espírito, onde quer que ele esteja, disso tenho a certeza. Em meio a esta ciranda que é a minha mente outros jogos da vida precisam ser jogados. As peças precisam ser colocadas em seus lugares, pois outros jogadores estão prontos para derrubá-las.

sábado, 24 de julho de 2010

Por onde os alimentos caminham?

As necessidades básicas do ser humano têm sofrido alternâncias, movidas pelos diversos modelos econômicos. Em muitos casos impulsionados pelos sistemas políticos dos países desenvolvidos. Sentar-se à volta de uma mesa e ingerir alimentos colhidos e preparados na hora ficou esquecido em um momento da vida de algumas pessoas. De outras não se pode sequer dizer que tais momentos chegaram a acontecer.

Com a substituição do leite materno pelo leite em pó, da água fresca pelo refrigerante cola e do arroz e feijão pelo hambúrguer, as pessoas passam a criar hábitos alimentares nada saudáveis. As perdas, sem dúvida, são retratadas através das inúmeras doenças, que as indústrias farmacêuticas supostamente buscam solucionar.

A roda viva começa: a ração animal, o agrotóxico e o remédio são produzidos pelas mesmas indústrias. O indivíduo alimenta-se nos inúmeros “fast-food” que se proliferam pelas cidades porque não tem tempo para a comida “in natura”, porque precisa trabalhar muito nas indústrias de agrotóxicos e farmacêuticas, só para citar alguns exemplos. Enquanto isso, não se dá conta de que o sistema o engole. Não há tempo para refletir.

sábado, 10 de julho de 2010

Menina levada da breca

São quatro as sobrinhas. E fazem aniversário, em carreirinha. Da mais velha à caçulinha. E você Pâmzinha é a penultimazinha. Ninguém poderia imaginar que abandonaria tão rápido as bonecas. É a vida passa, e nesta semana fez mais um aninho. Parabéns menina levada da breca. Beijos.
Tia Cris

domingo, 4 de julho de 2010

Pérola maravilhosa

Que aniversário da Independência dos Estados Unidos, o que!!! A data de hoje é muito mais importante, pois a Gabriela é quem comemora aniversário. Deus me deu nesta encarnação a oportunidade de conviver com esta pérola maravilhosa. Até estou ouvindo a sua voz suave e o seu lindo sorriso. Parabéns da tia coruja.

sábado, 3 de julho de 2010

Brasileiro precisa esquecer que somos futebol, carnaval e micareta.

Surpreendente todo o aparato tecnológico para a transmissão dos jogos da Copa da África. As mensagens para olhar o Continente Africano, não só do ponto de vista das festividades. Homenagear Nelson Mandela - embora ironicamente o destino tenha lhe pregado uma peça. Todo o envolvimento entre as pessoas, embora saibamos que os interesses não passem do âmbito pessoal. Um evento para ninguém botar defeito. Da simplicidade da abertura às irritantes vuvuzelas. A Copa da África vai ficar na História - principalmente para os brasileiros.

Diante de todo clima, fica a pergunta. Não foi melhor assim? Interessante é ver o País parar dias e dias, em função de uma partida de futebol. Nada mais importa. Se pensarmos que as atividades começam depois do Carnaval, em seguida vem a Festa Junina, as Micaretas, Natal e Ano Novo. Dias e dias de feriados, feriados emendados. E Copa mais Festa Junina? De fato: trabalhar pra que? Se toda economia gira em torno da indústria do entretenimento.

Quem fatura são os exploradores das indústrias de produtos de baixa qualidade na China, Taiwan, Brasil etc. para colocar cambistas e ambulantes, vendendo produtos pirata nas ruas. Sem contar é claro as explorações no processo de fabricação desses produtos. Se isso vai ter fim? Não se sabe. Daquia quatro anos, tudo se fará do mesmo jeito. E será no Brasil. Ai sim, podemos nos preparar, um mês só de festas.

domingo, 13 de junho de 2010

Parabéns princesa!!!!


Hoje é aniversário da minha princesa. Mais um aninho de vida. Deixou de ser a menina, se tornou mulher, médica e esposa. Beijos mil da tia Cris.

Festa junina é no Nordeste!!!!!

Aqui no Nordeste tudo é motivo para fazer festa junina. Em todo canto, em qualquer cidade se comemora com comidas típicas e muito forró pé de serra. Quem souber tocar (bem) sanfona, zabumba e triângulo não fica desempregado nessa época do ano. Todo mundo a caráter é o que não falta nas festanças.

Na sexta-feira foi do pessoal do condomínio e no sábado dos amigos da Maria José e do Campos (pais da Carol, namorada do Tulio). Pelo que pude calcular foram mais de 300 pessoas. A festa foi na divisa de Nízia Floresta e Parnamirim, no sítio da Socorro. O segundo Arraíá dos Amigos, reuniu gente de tudo quanto foi lugar. Amigo, leva amigo.....e assim vai.

Teve até sorteio de brindes, além das comidas e bebidas. Depois vou colocar as fotos.

domingo, 23 de maio de 2010

Time de beisebol de Natal ganha campo

O primeiro time de beisebol natalense, Natal Solaris http://www.natalsolaris.com.br, acaba de ganhar um campo próprio de treinamento. Fica na Base Aérea de Parnamirim. Para quem não sabe, existe um time de beisebol em Natal. Os jogadores disputaram campeonato e tudo, com uma equipe de Recife, no final do ano passado. É claro que foram vencedores.

Os treinos eram realizados no campo de futebol na UFRN. Apesar da boa vontade, ninguém estava satisfeito. Queriam um campo com as características que a modalidade exige. Após reuniões com os militares da Base Aérea e um jogo de exibição, a batalha estava vencida.

E nem só de arremessos e rebatidas vivem os atletas. Era hora de preparar o campo. Um mutirão começou a ser formado e lá foram eles de enxada, serra e pá nas mãos. Está ficando uma beleza, com cara de campo de beisebol mesmo. Agora é se preparar para as próximas disputas. Tem campeonato pintando por ai e eles irão participar. Será na cidade de Ibiúna, em São Paulo, no mês de novembro próximo.

Não estou fazendo essas declarações à toa. É porque dois dos jogadores (Marco Tulio e Guilherme - desenvolveu a logo do time) são meus filhos.

domingo, 9 de maio de 2010

Piedade Filial


Na semana passada fui convidada para pronunciar uma palestra na AEEJ Associação Espírita Enviados de Jesus, no domingo à tarde. Por ironia do destino o tema da palestra deveria discorrer sobre Piedade Filial. Quando ministro palestras no Centro Espírita, busco sempre trazer a temática para o âmbito do cotidiano. Nesse dia pensei em algo um pouco mais abusado. Dividi a palestra em três fases: informativa, analítica e reflexiva. Transmiti o que estava descrito no Evangelho Segundo o Espiritismo e depois, abusadamente, desci até a plateia e distribui algumas fotos: de minha festa de primeiro aniversário e as demais com a minha mãe, meu pai e meus irmãos. Ainda mais abusadamente, declamei uma poesia para a minha mãe, que escrevi na madrugada do mesmo dia. Essa é uma homenagem e sem dúvida, para entrar de corpo e alma no tema da palestra. Durante toda explanação me senti envolvida em um clima de muita paz. Assim, minha mãe, descrevo a poesia e aproveito para colocar aquela foto que a Cleusa tirou quando estiveram em casa no ano passado. Beijos.

Cristina


Quanta rebeldia!

Perdoe-me, minha mãe,
Tantos anos de rebeldia.

Ainda em seu ventre, minha mãe,
inquietava-me enquanto espírito,
diante do desconhecido.

Transformei seu corpo esguio.
Quanta rebeldia!
Rasguei suas entranhas para
poder vir ao mundo.
Quanta rebeldia!

Suguei as suas tetas para
poder sobreviver.
Quanta rebeldia!

Mal abri os olhos e lhe tirei
as noites de sono.
Quebrei a magia e o encanto
de estar só com seu amor.
Roubei os olhares, abraços e beijos
do seu príncipe de olhos azuis.
Quanta rebeldia!

Aprimorei as técnicas de provocação.
Mais e mais me distanciava de seus braços.
Mais e mais não a compreendia.
Roubei as suas esperanças, a sua tranquilidade.
Roubei a sua paz.
Quanta rebeldia!

Fiquei adulta, minha rebeldia se acentuou.
Me afastei mais e mais...
Agora, não só de seus abraços,
mas também de seus olhares.

Foi-se embora o seu príncipe
de olhos azuis.

Deixei de ser rebelde.
Aproximei-me de seus abraços.
Sentei-me ao seu lado.
Segurei as suas mãos.
Por fim, a acalmei.

A menina mulher resgatou a mãe.
Não há mais rebeldia.
Só há compaixão. Só há piedade.
Só há compreensão
do reencontro entre mãe e filha.

Perdoe-me minha mãe,
Tantos anos de rebeldia.

Balaio de Gato no ar

Primeiro relutei, depois decidi e depois busquei conseguir. Finalmente criei coragem para assumir que poderia criar um blog. O mais simples possível para não me atrapalhar. Não me conformava, por ainda não ter um meio próprio que pudesse publicar informações. De uma coisa tenho certeza, não ficarei no simples. Espero que o conteúdo seja do agrado dos leitores.

Cristina Pavarini