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sábado, 31 de julho de 2010

No olho do tigre há um dragão de fogo.

Caminho pela cidade sem reconhecer as pessoas. Vejo a angústia em seus olhares e o quanto as coisas nada lhes significam. O trânsito louco atropela os seres e não lhes dá a chance para observar que são engolidos. À mercê das ilusões vou seguindo junto com a multidão, fazendo de conta que tudo está bem. Se tento entender a vida e seus inúmeros jogos sofro e caio em depressão. Mais uma vez, busco na ilusão a continuidade e o sentido do viver.

Logro saber que entre as alamedas, guiando o meu carro um e outro esboça um sorriso. Quem são esses seres que buscam sorrir para mim? Esses eu não sei. Suas máscaras desmascaram as atrocidades pelas quais passam. As simulações precisam estar presentes, para impulsionar e assim não enveredar para outros caminhos.

Será sempre assim, nesta e em outra dimensão. O estado de depressão não é privilégio apenas deste mundo. Acompanhará meu espírito, onde quer que ele esteja, disso tenho a certeza. Em meio a esta ciranda que é a minha mente outros jogos da vida precisam ser jogados. As peças precisam ser colocadas em seus lugares, pois outros jogadores estão prontos para derrubá-las.

sábado, 24 de julho de 2010

Por onde os alimentos caminham?

As necessidades básicas do ser humano têm sofrido alternâncias, movidas pelos diversos modelos econômicos. Em muitos casos impulsionados pelos sistemas políticos dos países desenvolvidos. Sentar-se à volta de uma mesa e ingerir alimentos colhidos e preparados na hora ficou esquecido em um momento da vida de algumas pessoas. De outras não se pode sequer dizer que tais momentos chegaram a acontecer.

Com a substituição do leite materno pelo leite em pó, da água fresca pelo refrigerante cola e do arroz e feijão pelo hambúrguer, as pessoas passam a criar hábitos alimentares nada saudáveis. As perdas, sem dúvida, são retratadas através das inúmeras doenças, que as indústrias farmacêuticas supostamente buscam solucionar.

A roda viva começa: a ração animal, o agrotóxico e o remédio são produzidos pelas mesmas indústrias. O indivíduo alimenta-se nos inúmeros “fast-food” que se proliferam pelas cidades porque não tem tempo para a comida “in natura”, porque precisa trabalhar muito nas indústrias de agrotóxicos e farmacêuticas, só para citar alguns exemplos. Enquanto isso, não se dá conta de que o sistema o engole. Não há tempo para refletir.

sábado, 10 de julho de 2010

Menina levada da breca

São quatro as sobrinhas. E fazem aniversário, em carreirinha. Da mais velha à caçulinha. E você Pâmzinha é a penultimazinha. Ninguém poderia imaginar que abandonaria tão rápido as bonecas. É a vida passa, e nesta semana fez mais um aninho. Parabéns menina levada da breca. Beijos.
Tia Cris

domingo, 4 de julho de 2010

Pérola maravilhosa

Que aniversário da Independência dos Estados Unidos, o que!!! A data de hoje é muito mais importante, pois a Gabriela é quem comemora aniversário. Deus me deu nesta encarnação a oportunidade de conviver com esta pérola maravilhosa. Até estou ouvindo a sua voz suave e o seu lindo sorriso. Parabéns da tia coruja.

sábado, 3 de julho de 2010

Brasileiro precisa esquecer que somos futebol, carnaval e micareta.

Surpreendente todo o aparato tecnológico para a transmissão dos jogos da Copa da África. As mensagens para olhar o Continente Africano, não só do ponto de vista das festividades. Homenagear Nelson Mandela - embora ironicamente o destino tenha lhe pregado uma peça. Todo o envolvimento entre as pessoas, embora saibamos que os interesses não passem do âmbito pessoal. Um evento para ninguém botar defeito. Da simplicidade da abertura às irritantes vuvuzelas. A Copa da África vai ficar na História - principalmente para os brasileiros.

Diante de todo clima, fica a pergunta. Não foi melhor assim? Interessante é ver o País parar dias e dias, em função de uma partida de futebol. Nada mais importa. Se pensarmos que as atividades começam depois do Carnaval, em seguida vem a Festa Junina, as Micaretas, Natal e Ano Novo. Dias e dias de feriados, feriados emendados. E Copa mais Festa Junina? De fato: trabalhar pra que? Se toda economia gira em torno da indústria do entretenimento.

Quem fatura são os exploradores das indústrias de produtos de baixa qualidade na China, Taiwan, Brasil etc. para colocar cambistas e ambulantes, vendendo produtos pirata nas ruas. Sem contar é claro as explorações no processo de fabricação desses produtos. Se isso vai ter fim? Não se sabe. Daquia quatro anos, tudo se fará do mesmo jeito. E será no Brasil. Ai sim, podemos nos preparar, um mês só de festas.