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domingo, 23 de maio de 2010

Time de beisebol de Natal ganha campo

O primeiro time de beisebol natalense, Natal Solaris http://www.natalsolaris.com.br, acaba de ganhar um campo próprio de treinamento. Fica na Base Aérea de Parnamirim. Para quem não sabe, existe um time de beisebol em Natal. Os jogadores disputaram campeonato e tudo, com uma equipe de Recife, no final do ano passado. É claro que foram vencedores.

Os treinos eram realizados no campo de futebol na UFRN. Apesar da boa vontade, ninguém estava satisfeito. Queriam um campo com as características que a modalidade exige. Após reuniões com os militares da Base Aérea e um jogo de exibição, a batalha estava vencida.

E nem só de arremessos e rebatidas vivem os atletas. Era hora de preparar o campo. Um mutirão começou a ser formado e lá foram eles de enxada, serra e pá nas mãos. Está ficando uma beleza, com cara de campo de beisebol mesmo. Agora é se preparar para as próximas disputas. Tem campeonato pintando por ai e eles irão participar. Será na cidade de Ibiúna, em São Paulo, no mês de novembro próximo.

Não estou fazendo essas declarações à toa. É porque dois dos jogadores (Marco Tulio e Guilherme - desenvolveu a logo do time) são meus filhos.

domingo, 9 de maio de 2010

Piedade Filial


Na semana passada fui convidada para pronunciar uma palestra na AEEJ Associação Espírita Enviados de Jesus, no domingo à tarde. Por ironia do destino o tema da palestra deveria discorrer sobre Piedade Filial. Quando ministro palestras no Centro Espírita, busco sempre trazer a temática para o âmbito do cotidiano. Nesse dia pensei em algo um pouco mais abusado. Dividi a palestra em três fases: informativa, analítica e reflexiva. Transmiti o que estava descrito no Evangelho Segundo o Espiritismo e depois, abusadamente, desci até a plateia e distribui algumas fotos: de minha festa de primeiro aniversário e as demais com a minha mãe, meu pai e meus irmãos. Ainda mais abusadamente, declamei uma poesia para a minha mãe, que escrevi na madrugada do mesmo dia. Essa é uma homenagem e sem dúvida, para entrar de corpo e alma no tema da palestra. Durante toda explanação me senti envolvida em um clima de muita paz. Assim, minha mãe, descrevo a poesia e aproveito para colocar aquela foto que a Cleusa tirou quando estiveram em casa no ano passado. Beijos.

Cristina


Quanta rebeldia!

Perdoe-me, minha mãe,
Tantos anos de rebeldia.

Ainda em seu ventre, minha mãe,
inquietava-me enquanto espírito,
diante do desconhecido.

Transformei seu corpo esguio.
Quanta rebeldia!
Rasguei suas entranhas para
poder vir ao mundo.
Quanta rebeldia!

Suguei as suas tetas para
poder sobreviver.
Quanta rebeldia!

Mal abri os olhos e lhe tirei
as noites de sono.
Quebrei a magia e o encanto
de estar só com seu amor.
Roubei os olhares, abraços e beijos
do seu príncipe de olhos azuis.
Quanta rebeldia!

Aprimorei as técnicas de provocação.
Mais e mais me distanciava de seus braços.
Mais e mais não a compreendia.
Roubei as suas esperanças, a sua tranquilidade.
Roubei a sua paz.
Quanta rebeldia!

Fiquei adulta, minha rebeldia se acentuou.
Me afastei mais e mais...
Agora, não só de seus abraços,
mas também de seus olhares.

Foi-se embora o seu príncipe
de olhos azuis.

Deixei de ser rebelde.
Aproximei-me de seus abraços.
Sentei-me ao seu lado.
Segurei as suas mãos.
Por fim, a acalmei.

A menina mulher resgatou a mãe.
Não há mais rebeldia.
Só há compaixão. Só há piedade.
Só há compreensão
do reencontro entre mãe e filha.

Perdoe-me minha mãe,
Tantos anos de rebeldia.

Balaio de Gato no ar

Primeiro relutei, depois decidi e depois busquei conseguir. Finalmente criei coragem para assumir que poderia criar um blog. O mais simples possível para não me atrapalhar. Não me conformava, por ainda não ter um meio próprio que pudesse publicar informações. De uma coisa tenho certeza, não ficarei no simples. Espero que o conteúdo seja do agrado dos leitores.

Cristina Pavarini